Dissertação desenvolvida no âmbito do mestrado em Design e Cultura Visual, ramo de especialização em Teoria da Cultura Visual, apresentada à Escola Superior de Design do IADE, realizada sob orientação de Eduardo Alberto Vieira de Meireles Côrte-Real e co-orientação de Miguel Alexandre Vilhena Fernandes

Resumo: A Ilustração representa um dos meios de expressão fundamentais da cultura visual contemporânea. Por seu lado, a Ilustração infantil, enquanto prática artística, constitui um género em si mesma. A ilustração para este jovem público deverá potenciar a sua imaginação e educar o gosto. As crianças devem ser expostas a múltiplas experiências estéticas, que lhes permita adquirir uma linguagem visual de qualidade. Este estudo aborda a seguinte problemática: Existem relações entre os estímulos à imaginação propostos visualmente pelos ilustradores e a forma como os leitores as percepcionam. Da qual resultam as seguintes questões: Como se estabelecem essas relações? Quais as diferentes percepções dos seus leitores? Pretendemos, no fundo, compreender que paradigma emerge neste público-alvo: de cariz mais lúdico ou mais pedagógico. A Escola constituiu o local onde realizámos o estudo. Foram inquiridos 120 alunos, através de um questionário, cujas conclusões permitem deduzir que o olhar das crianças nos caminhos da ilustração apresenta um cariz mais lúdico que pedagógico. Esta perspectiva aponta para a necessidade de encararmos o livro infantil ilustrado como uma obra de arte, com objectivos sobretudo lúdicos e estéticos